Moacir Capa

Moacir, filho de Iracema e Martim, é o mito de origem do primeiro brasileiro miscigenado. Este jovem cearense, descrito na obra de José de Alencar, é levado após seu nascimento (e morte da mãe, Iracema) para Portugal por seu pai e assim inicia a saga andarilha e protagonista do povo cearense.

Moacir é o elemento narrativo que permeia o filme e é desenvolvido através da história de um Moacir contemporâneo, filho de um empresário falido e alcoólatra e uma mãe trabalhadora e aguerrida que não mede esforços no sentido de dar o melhor para a criação de seu rebento.

Moacir se interessa por história desde cedo, quando descobriu que seu nome é em homenagem ao mito do primeiro brasileiro miscigenado. Na universidade ele foca seus estudos nas obras indigenistas de José de Alencar, sobretudo Iracema.

No último ano da faculdade ele consegue uma bolsa de mestrado em Portugal e viaja pro Velho Mundo em busca de fontes na literatura portuguesa que fortaleçam a tese que a história do povo cearense é de superação e, ao mesmo tempo, de uma criatividade e inovação peculiar. Ele demonstra o exemplo de cearenses influentes em várias áreas das ciências, da economia e das artes, e na cabeça dele toda personalidade mundial tem um pouco do povo cearense.

No livro, Martim, um português, é o colonizador que desbrava as terras além-mar; no filme, Moacir, notadamente o colonizado, passa a ser o desbravador nas terras do colonizador de outrora.

O objetivo da obra é trazer para o grande público a cearensidade por meio de pequenas histórias que Moacir, o elemento narrativo do filme, vai pesquisar ao longo da vida. Evidenciar a história do povo cearense por meio do cinema é fortalecer a identidade cultural do nosso povo e, assim, contribuir para uma sociedade melhor.

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